Gol de Vini Jr. salva a Seleção, mas expõe limite de Dorival no comando do Brasil
- sanajoaogabriel
- 21 de mar.
- 3 min de leitura
Em um duelo marcado por altos e baixos, o brilho individual de Vinicius Júnior foi determinante para salvar a Seleção Brasileira de mais uma noite amarga. O gol decisivo do atacante, já na reta final da partida, trouxe alívio momentâneo para os torcedores, mas não escondeu o que tem se tornado cada vez mais evidente: Dorival Júnior parece ter atingido o limite de suas ideias à frente da equipe nacional.
O placar positivo encobriu temporariamente os questionamentos que pairam sobre o trabalho do treinador, mas a performance instável e previsível do time reforçou a sensação de que a Seleção carece de evolução tática e identidade dentro de campo. O futebol apresentado segue aquém do potencial do elenco, o que levanta dúvidas sobre a capacidade de Dorival em conduzir o Brasil rumo a grandes conquistas.
Dorival no centro das críticas
Desde que assumiu o comando técnico da Seleção, Dorival Júnior buscou implementar um estilo pragmático, valorizando a consistência defensiva e a ocupação equilibrada dos espaços. No entanto, essa abordagem tem esbarrado na falta de criatividade do meio-campo e na dificuldade em criar jogadas que explorem as individualidades ofensivas do plantel.
Contra adversários mais organizados ou em situações de pressão, a Seleção frequentemente se mostra previsível, com pouca variação nas construções ofensivas e dependente de lampejos de seus principais jogadores. O gol salvador de Vini Jr., mais uma vez fruto de uma jogada individual, ilustra bem esse cenário: talento resolve, mas não disfarça as lacunas coletivas.
Dados preocupantes
A análise fria dos números também reforça o diagnóstico. Nos últimos cinco jogos sob o comando de Dorival, a Seleção acumulou apenas duas vitórias, um empate e duas derrotas, com um aproveitamento de 46,6%. Além disso, a equipe sofreu gols em quatro dessas partidas, sinalizando que até mesmo o sistema defensivo, considerado pilar do trabalho do técnico, apresenta fragilidades.
No ataque, o desempenho não empolga. Com apenas sete gols marcados nessas últimas cinco aparições, sendo quatro deles em jogadas individuais ou em erros do adversário, o Brasil demonstra pouca capacidade de criação e eficiência ofensiva. Essa falta de fluidez e repertório preocupa tanto os torcedores quanto analistas, principalmente às vésperas de competições mais desafiadoras.

Repercussão pós-jogo: torcida dividida
Após o apito final, a atuação da Seleção foi amplamente debatida nas redes sociais. Enquanto parte dos torcedores celebrou a entrega de Vini Jr. e o resultado positivo, outro grupo não poupou críticas ao modelo de jogo adotado por Dorival. A expressão abatida do técnico na coletiva de imprensa apenas reforçou a tensão em torno de seu trabalho.
“Sabemos que precisamos melhorar, mas estou confiante no grupo e no projeto”, declarou Dorival, tentando minimizar o clima de cobrança. Apesar disso, a falta de evolução aparente e a dependência dos talentos individuais para superar adversários medianos colocam em xeque a continuidade do treinador no cargo.
O futuro da Seleção e a pressão pelo desempenho
O cenário atual coloca a Confederação Brasileira de Futebol diante de um dilema: insistir em Dorival Júnior, confiando que o treinador encontrará soluções internas para os problemas evidentes, ou buscar um novo comandante antes de grandes compromissos, como a Copa América e as Eliminatórias.
O peso da camisa da Seleção e a exigência da torcida não permitem margem para mais tropeços. Com um elenco recheado de atletas de alto nível, a expectativa é de um futebol mais envolvente e competitivo. A vitória recente não apaga as dúvidas sobre a efetividade do projeto de Dorival, que parece, para muitos, ter atingido um ponto de estagnação.
Conclusão
Vini Jr., com seu talento e oportunismo, conseguiu ser o herói da noite e evitou uma crise ainda maior. Contudo, fica claro que a Seleção precisa de mais do que gols salvadores e jogadas isoladas. O Brasil clama por uma equipe com ideias renovadas, com padrão de jogo definido e que esteja à altura de sua tradição vitoriosa.
E você, acredita que Dorival ainda pode virar o jogo à frente da Seleção? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe essa análise com seus amigos apaixonados por futebol!






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