Por Que o Flamengo Nunca Contrata Técnicos Estrangeiros? História, Tradição e os Verdadeiros Motivos
- sanajoaogabriel
- 1 de abr.
- 3 min de leitura
Atualizado: 2 de abr.
O Flamengo, um dos clubes mais populares do Brasil e do mundo, tem uma característica marcante em sua gestão: a preferência por técnicos brasileiros. Ao longo de sua história, o Rubro-Negro nunca contratou um treinador estrangeiro para comandar o time profissional. Mas por que isso acontece?
Neste artigo, exploraremos os motivos por trás dessa decisão, analisando fatores culturais, históricos, financeiros e até mesmo psicológicos que influenciam as escolhas do clube.
TRADIÇÃO E IDENTIDADE CULTURAL
O Flamengo carrega uma identidade muito forte, construída ao longo de décadas. O clube é visto como um símbolo do futebol brasileiro, e a escolha por técnicos nacionais reforça essa conexão com a cultura local.
Raízes populares: O Flamengo sempre se viu como o "time do povo", e ter um técnico brasileiro facilita a identificação com a torcida.
Estilo de jogo: O futebol brasileiro tem características únicas (como a valorização do drible e do ataque), e muitos acreditam que apenas um treinador local entenderia isso plenamente.
MEDO DE ADAPTAÇÃO E PRESSÃO POR RESULTADOS IMEDIATOS
O Flamengo é um clube que exige títulos constantemente. A torcida não tem paciência para projetos de longo prazo, e a contratação de um estrangeiro poderia trazer riscos:
Dificuldade de adaptação: Um técnico de outro país precisaria de tempo para entender o elenco, a cultura do clube e até mesmo o calendário caótico do futebol brasileiro.
Pressão da mídia e torcida: Treinadores estrangeiros muitas vezes não estão preparados para o assédio da imprensa e a cobrança exacerbada dos torcedores.
CASOS DE SUCESSO COM TÉCNICOS BRASILEIROS
O Flamengo já teve grandes conquistas com comandantes nacionais, o que reforça a crença de que não há necessidade de buscar alternativas externas.
Zagallo (1983): Campeão da Copa União (considerado Brasileirão pela justiça).
Jorge Jesus (2019): Apesar de português, foi uma exceção e só teve sucesso por já conhecer bem o futebol brasileiro.
Tite (prospecção): Sempre foi cogitado por já ter experiência no Brasil.
BARREIRAS LINGUÍSTICAS E DE GESTÃO
Muitos treinadores estrangeiros não falam português fluentemente, o que pode dificultar a comunicação com jogadores e diretoria. Além disso:
Diferenças táticas: Algumas escolas estrangeiras (como o futebol alemão ou italiano) têm filosofias muito diferentes do que é praticado no Brasil.
Conflitos com a diretoria: A relação entre técnicos e dirigentes no Brasil é única, e um estrangeiro pode não entender as "políticas internas" do clube.

FALTA DE INTERESSE DE GRANDES NOMES ESTRANGEIROS
Outro fator importante é que poucos técnicos de elite mundial estariam dispostos a trabalhar no Brasil devido a:
Instabilidade: Demissões frequentes e falta de planejamento a longo prazo.
Questões financeiras: Salários menores comparados a Europa e Ásia.
Estrutura: Muitos clubes brasileiros ainda carecem de infraestrutura moderna.
JORGE JESUS: A EXCEÇÃO QUE CONFIRMOU A REGRA
Em 2019, o Flamengo contratou Jorge Jesus, um português que já tinha experiência no futebol brasileiro (por ter trabalhado antes no rival Vasco). Seu sucesso foi avassalador, mas:
Ele já conhecia o cenário brasileiro.
Tinha um elenco extremamente qualificado.
Ainda assim, foi uma exceção, não virou regra.
CONCLUSÃO: O FLAMENGO CONTINUARÁ ASSIM?
Enquanto o clube continuar obtendo sucesso com técnicos brasileiros, dificilmente veremos um estrangeiro no comando. No entanto, o futebol está em constante evolução, e em algum momento a diretoria pode quebrar esse tabu.
O que você acha? O Flamengo deveria arriscar em um treinador estrangeiro ou manter a tradição? Comenta aqui! E segue no Instagram [@conexaodiaria] para a série exclusiva sobre o projeto.






Comentários