Flamengo vence o Táchira fora de casa e encerra jejum na Libertadores, mas deixa alerta ligado
- sanajoaogabriel
- 4 de abr.
- 3 min de leitura
O torcedor do Flamengo respirou aliviado ao ver o placar final apontando 1 a 0 contra o Deportivo Táchira, na Venezuela, mas não sem uma dose considerável de angústia. A equipe comandada por Filipe Luís venceu, é verdade, e quebrou um jejum incômodo de mais de dois anos sem vitórias fora de casa na Libertadores. No entanto, o desempenho preocupa: travado, lento e previsível, o Rubro-Negro foi dominado em boa parte da partida e teve de contar com a sorte — e com Juninho — para sair com os três pontos.
UM FLAMENGO IRRECONHECÍVEL
O que se viu em campo foi um Flamengo acuado, incapaz de impor seu ritmo e reagir à intensidade do Táchira. Os venezuelanos, apesar das limitações técnicas, compensaram com uma marcação sufocante e linhas altas, pressionando o meio-campo e forçando erros bobos na saída de bola.
A proposta do Táchira era clara: dificultar o toque de bola rubro-negro desde o início da jogada. E funcionou. O time brasileiro teve dificuldades em criar chances, com a bola morrendo nos pés dos volantes e sem articulação ofensiva. Arrascaeta, isolado, foi anulado. Pedro, desconectado do jogo. O Flamengo simplesmente não conseguia sair da teia tática montada pelos donos da casa.
JUNINHO SALVA, MAS O ALERTA ESTÁ LIGADO
O único gol da partida veio aos 39 minutos do primeiro tempo, quando Juninho aproveitou uma rara brecha na zaga adversária para finalizar com precisão e abrir o placar. Um alívio momentâneo, já que o segundo tempo foi de pura pressão venezuelana.
O Táchira criou ao menos três chances claras após o intervalo, exigindo boas intervenções do goleiro Rossi e, em outras oportunidades, contando com o azar dos atacantes locais. O Flamengo recuou, abdicou da posse e pareceu mais preocupado em segurar o resultado do que em ampliar a vantagem.
Para Filipe Luís, que começa sua trajetória como técnico do clube em meio a expectativas elevadas, o desempenho acende um sinal de alerta. Mesmo com a vitória, é impossível ignorar o desequilíbrio tático, a falta de intensidade e a ausência de alternativas diante de um adversário teoricamente mais frágil.
ESTATÍSTICAS QUE NÃO MENTEM
Apesar da vitória, os números não são animadores:
Posse de bola: 52% (Flamengo) x 48% (Táchira) — equilíbrio incomum contra um time inferior tecnicamente.
Finalizações: 13 (Táchira) x 7 (Flamengo) — o adversário finalizou quase o dobro.
Passes errados: 91 (Flamengo) — um número elevado para os padrões da equipe.
Faltas cometidas: 19 (Flamengo) — reflexo de uma partida truncada e da dificuldade de conter os avanços do rival.

REPERCUSSÃO E COBRANÇA INTERNA
A vitória foi comemorada pela torcida pelo seu peso simbólico: desde setembro de 2022 o Flamengo não vencia longe do Maracanã em jogos de Libertadores. Porém, nas redes sociais e nas análises pós-jogo, o desempenho fraco foi pauta principal.
Internamente, Filipe Luís evitou críticas diretas, mas admitiu em entrevista que “a equipe precisa melhorar muito para brigar pelo título.” O treinador reforçou a importância da vitória, mas deixou claro que o padrão de atuação está abaixo do esperado.
O QUE ESPERAR DAQUI PRA FRENTE?
Com três pontos na bagagem, o Flamengo larga bem no grupo, mas o futebol apresentado levanta dúvidas sobre sua real capacidade de competir contra adversários mais organizados. A próxima partida em casa será decisiva para mostrar se o desempenho pode acompanhar os resultados.
Além disso, a pressão aumenta sobre Filipe Luís, cuja experiência como técnico ainda é curta. O ex-lateral enfrenta agora o desafio de encontrar um equilíbrio entre manter a posse de bola, recuperar a intensidade perdida e, principalmente, transformar o talento individual em jogo coletivo.
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